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Autismo: as relações entre o transtorno e o consumo de glúten

Imagem meramente ilustrativa de uma pessoa recusando pães com glúten / Crédito: Divulgação

Os diagnósticos de pessoas com dificuldade para processar glúten crescem cada vez mais. Com o avanço dos estudos, há até mesmo especialistas que acreditam em uma ligação entre o autismo e a sensibilidade ao glúten ou a doença celíaca.

Por isso, vamos entender um pouco mais sobre essa possível conexão.

O autismo e problemas gastrointestinais

Diante diversos anos de observações, notou-se que a maioria dos pacientes autistas apresentavam problemas gastrointestinais.

Em um dos estudos, houve a observação de que as crianças com autismo – principalmente as com problemas gastrointestinais – têm níveis altos de anticorpos IgG para gliadina, o que afirma a reatividade imunológica de glúten. Mas isso não significa que esses indivíduos sejam afetados pela doença celíaca.

Pelo contrário, muitos deles não apresentam os marcadores da doença, e sim uma sensibilidade não celíaca ao glúten. Quando isso acontece, o ideal é retirar a proteína da rotina alimentícia para que aconteça uma melhora dos sintomas e também do quadro de autismo.

Por quê isso acontece?

Como citado anteriormente, muitas crianças diagnosticadas com autismo apresentam alguma complicação gastrointestinal.

Esse fato, por sua vez, está ligado ao consumo de diversos agressores à mucosa gastrointestinal, como o uso excessivo de carboidratos, alimentos industrializados, a grande quantidade de alimentos alergênicos, como leite de vaca ou ovos, e até mesmo a exposição a toxinas, vírus, parasitas e o grande consumo de antibióticos.

Todos esses fatores contribuem para uma grande inflamação crônica, mas ainda não pode-se afirmar de que pessoas com autismo desenvolvem mais facilmente a doença celíaca.

Portadores da doença celíaca podem apresentar comportamentos autistas?

Há especialistas que acreditam nessa ligação: uma pessoa com DC pode resultar na deficiência de neurotransmissores, portanto, fazendo com que apresentem comportamentos autistas. Essa situação, porém, não é uma regra, ou seja, não acontece em todos os casos.

A DC, entretanto, é sim relacionada a desordens psiquiátricas e neurológicas, como epilepsia, depressão, cefaléias e demência. Além disso, a presença de anticorpos, como anti-gangliosideos e os anti-GAD (Acido glutâmico descarboxilase) pode ser relacionada a sensibilidade ao glúten e também a complicações neurológicas, como a enzima ácido glutâmico descarboxilase, que tem relação a produção do ácido gama aminobutírico (GABA), um neurotransmissor regulatório no sistema nervoso central.

Segundo os estudos, cerca de 60% dos pacientes portadores dos anticorpos anti-gliadina também apresentam anticorpos anti-GAD. Ademais, a sensibilidade ao glúten também está ligada a diminuição de triptofano livre, ou seja, de serotonina.

Benefícios da rotina sem glúten para crianças autistas

Diante os primeiros anos dos estudos, diversos pais optaram por cortar a proteína do leite do dia a dia de seus filhos autistas.

Com isso, perceberam com que seus sintomas autísticos foram melhorados com o passar do tempo, como o nível cognitivo não-verbal, diminuição do alheamento e problemas motores, maior contato social e melhora na linguagem, além da diminuição do comportamento agressivo.

A rotina sem glúten não implicará na saúde da criança, já que há diversos alimentos que podem substituí-lo. A retirada da caseína, porém, resultara na possível diminuição dos níveis de cálcio e proteína, por isso, é preciso buscar por alimentos que supram essa falta.

Afinal, o que é doença celíaca?

A doença celíaca é autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam os tecidos saudáveis, causando inflamação.

Nesse caso, a inflamação é causada pelo glúten, na parede interna do intestino delgado e pode causar a má absorção de nutrientes, resultando em desnutrição e desequilíbrio da saúde.

Não existem tratamentos ou medicamentos que sejam capazes de curar a doença celíaca. A forma de se livrar dos sintomas é excluindo todos os produtos com glúten da rotina, como massas, medicamentos, suplementos e cosméticos. Isso inclui, inclusive, as partículas dessa proteína.

Onde encontrar produtos sem glúten

Com a internet, ficou cada vez mais fácil encontrar produtos específicos, como os sem glúten, como é o caso do site da Ingredientes Online, um fornecedor alimentício de confiança. Acesse nosso site para encontrar diversos produtos destinados a esse público.

Além disso, confira em nosso blog diversas dicas de receitas deliciosas sem glúten.

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Categories: Sem Glúten
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